Os shoppings precisarão de reconfigurações para continuar chamando atenção e atraindo o público a sair de casa. Entenda mais neste artigo.
Qual o futuro dos grandes centros comerciais com uma geração imersa no digital e uma sociedade cada vez mais favorável ao apelo pela maior facilidade e comodidade? Será que os shoppings estão se preparando para as gerações originalmente imersas no digital? Será que esses consumidores – que têm acesso ao consumo a um clique ou na palma da mão – ainda querem o que um shopping center pode oferecer? Os questionamentos são diversos para o futuro do setor. Onde encontramos o status de inovação e interesse despertado pelo tradicional shopping? Os novos consumidores não estão mais interessados em sair de suas casas e visitar centros de consumo, eles prezam mais por experiências e entretenimento. Como chegar nesse novo público e conhecê-lo? Não tem jeito, o pilar de investimento de cada shopping centers terá de ser a inovação. Os templos cultuados de consumo e socialização do século passado terão que se readequar, tendo em vista o ritmo de crescimento dos shoppings centers que tem diminuído, impacto agravado no setor da pandemia. Lá vão alguns preocupantes números do setor: o faturamento do setor de shoppings caiu 33,2% em 2020, fortemente afetado pelos fechamentos do comércio para combate à disseminação do coronavírus no país. Foram R$ 128,8 bilhões contra R$ 192,8 bilhões em 2019. O mês de abril de 2021, quando o isolamento social teve a maior adesão pela população, foi o pior, com queda de 89% dos ganhos, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Shoppings vão além de produtos e serviços, experiências
Mesmo com o processo de vacinação avançado e as medidas preventivas flexibilizadas, o shopping segue não sendo a primeira opção na cabeça dos consumidores. Estamos vendo a expansão da realidade virtual, algoritmos, assistentes virtuais e da inteligência artificial, vejamos um recente exemplo: a criação da Meta. A geração que está surgindo é nativa digital e muitos dos que já estão aqui já foram “infectados” o suficiente com a tecnologia. Mais do que a oferta de produtos, o shopping do futuro terá que se readequar, oferecer experiências e propor infraestruturas novas, variando em estrutura e investigando experiências sensoriais, principalmente. O foco é em oferecer experiências e imersão, coisas que não são tão palpáveis no mundo normal. Os aspectos híbridos vão fazer parte dessa nova realidade dos shoppings, pois até os consumidores que nasceram no digital sabem que a realidade não pode ser completamente substituída. A variedade também definirá os novos pontos de vendas à medida que tecnologias emergentes, modelos de varejo criativo, opções inovadoras de serviços de alimentação, programações de entretenimento e eventos comunitários redefinem a natureza da interação com as marcas. Os pontos de venda precisarão ser transformados. Os espaços físicos precisarão se tornar mais modernos e dinâmicos. E é claro, para apostar de forma certeira na readequação do shopping do futuro, será necessário estudar e avaliar os novos hábitos e comportamentos do consumidor. Então qual será a motivação para visitar os shoppings centers? Mesmo para uma sociedade apostando na comodidade e imersa na tecnologia, a maioria sabe que as experiências reais não podem ser substituídas de forma integral.
O choque de gerações
Para começo de conversa, vale lembrar que a geração Z (1998-2016) e Alpha Gen (2017-) cresceu cercada de telas, com bombardeamento de informações, diversas opções de entretenimento e conexão virtual disponível a qualquer momento, na palma das mãos, a distância de um clique. A tecnologia e seus derivados equipamentos eletrônicos são essenciais, mas o intenso e constante relacionamento com o digital não exclui a apreciação do ambiente físico, apenas acontece de forma não habitual. Na verdade, a maioria das pessoas (seja qual for a geração) que possuem acesso, estão se acostumando rapidamente aos produtos digitais e considera até natural baixar e ler livros pelo dispositivo pelo Kindle, assistir filmes e seriados apenas pela Netflix e outras inúmeras redes de streaming. Não se fala mais em comprar livros ou DVDS. Esse novo padrão de consumismo possui uma alta propensão a usar o e-commerce e são consideravelmente influenciados por diversas mídias sociais e uma nova categoria: os influenciadores digitais.
As projeções
As vendas no setor de shopping centers devem crescer 13,8% em 2022 na comparação com 2021, alcançando o patamar de R$ 181 bilhões, de acordo com estimativa divulgada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Mesmo que as vendas subam para cerca de R$ 180 bilhões em 2022, o resultado ainda será 6% menor do que os R$ 192 bilhões de 2019, último ano antes da pandemia. Apesar da vacinação se encontrar em um momento avançado e o cenário pandêmico não ser tão preocupante quanto antes, a cautela dos consumidores também influencia esses números. Mas não é só isso: os shoppings não são tão atraentes e essenciais quanto outrora foram. O cenário pré- pandêmico ainda não está perto de ser alcançado.
O futuro do shopping depende da saída da zona de conforto: repensar e reprogramar
Os shoppings centers terão uma grande trajetória à frente, cheias de dificuldades, cheias de reavaliações de propostas e valores. Mas eles não estão fadados ao fracasso desde que estejam dispostos a sair da zona de conforto – com mapeamento e monitoramento dos hábitos e desejos dos consumidores, sua importância continuará. A tecnologia continuará a revolucionar o varejo online e físico, forçando mudanças rápidas e inovação. A experiência de atendimento se tornará algo cada vez mais crucial. A sincronia entre os shopping, estratégias, tendências e os consumidores será contínua. Acesso nosso site para mais informações sobre franquias que você pode instalar em shoppings.